“Se não me dedicasse à atuação, teria que passear com cães”!

No camarim do Multiteatro, María Valenzuela tem dois quadros com fotos em branco e preto nas quais seus pais, dois dançarinos de clássico espanhol, posam com seus trajes; um quadro pequeno do anúncio de nove semanas e meia “que me presentearam para decorar”; uma escultura de Elena Bandi que lhe fez uma fanática de Dulce amor; e uma foto enquadrada por um rosário na qual estão seus três filhos -Juan (21), Julián (23) e Malena (29)- junto a seu ex-marido, o jornalista, Pichuqui Mendizábal, que morreu no ano passado.

Este verão, além de Dulce amor (Telefe), pode-se vê-la em Danza de verano.

Como foi trabalhar em “Dulce amor”? 
O ano passado foi tão difícil para mim e para minha família, que salvou minha vida. Me tive entretida. O fato de ser uma apaixonada pelo que faço e poder canalizar por aqui é bárbaro. Este ano completo cinquenta anos de profissão e graças a Deus digo que continuo viva porque não perdi a paixão.

As atrizes mais velhas têm que trabalhar mais? 
E sim, não é mais a garota linda e jovem... Mas pra mim, eu gosto de poder compor os personagens, busquei a bengala de Elena Bandi (sua personagem na novela de Telefe) como símbolo de poder e fui acrescentando coisinhas. Eu de taquito, nada.

Dulce amor tem fãs devotos, como você controla na vida real? 
Bem, eu com o popular convivo desde pequena. Logo, meus filhos me dizem, “estão te olhando”, e eu não me dou conta. Enquanto tudo seja com respeito eu não tenho problema.

Texto e foto: Dulce Amor Novela