62º Capítulo de "Laliter Espozani Forever"!

Último capítulo de “Laliter Espozani Forever” 

“Fim...” 

     Meio que, de repente, Lali despertou. Logo saltou da água e parou de flutuar, então se esforçou para conseguir respirar e manter a cabeça na superfície. Olhava para Peter, confusa. Ele, que esbanjava um sorriso de ponta a ponta, não sabia que Jay o alcançaria.
     Mas, surpreendentemente, algo parecia puxar Jay para a água. Lali sabia o que estava acontecendo, mas Peter, que não tinha percebido, simplesmente ia ao seu encontro.

Lali

     “Ao sentir uma mão fria em meu pescoço, que me empurrava para a água, um desespero sem fim me tomava. Tudo piorou ao perceber quem era; Jay. Meu coração começou a bater descompassado, não sabia o que fazer nem podia fazer algo. Em meio à um jogo de cintura refinado, o qual não pude reagir, ele me jogou na água e me empurrou para o fundo.
     Naquele momento aterrorizante, a única coisa em que eu pensava era no meu filho, no meu e de Peter. Jay apertava meu pescoço e comecei a me afogar, não pude evitar. De repente, tudo ficou escuro e quando acordei estava no meio do mar. Peter nadava até mim e Jay atrás dele.
     Mas antes de acordar, me encontrei com alguém, alguém que com certeza precisava encontrar. Estava vestida com uma túnica branca que brilhava em sua volta, seus longos cabelos encaracolados destacavam seu rosto. Extremamente pálida.
     No mesmo instante em que a vi, soube de quem se tratava. Com os olhos marejados corri até ela e nos abraçamos. ‘Minha filha’, disse com uma voz quase inaudível.
     Olhei seu rosto e percebei que lágrimas não escorriam apenas no meu rosto, mas também no dela. Era linda, era minha mãe... minha mãe biológica! Comecei a soluçar sem parar, estava nervosa com tudo que estava acontecendo.
     ‘Acalme-se, querida. Tudo vai se resolver’. Ela acariciou meu rosto e eu não queria que aquele momento acabasse. ‘Agora, volte! Estão sentindo sua falta.’
     ‘E, você? Não sente minha falta?’, eu disse entre soluços e percebi que soou um pouco egoísta, tanto que depois me arrependi de ter dito daquela forma. ‘Mãe, eu preciso de você!’, a abracei como para recuperar todo o tempo perdido.
     ‘Eu sempre vou estar com você’, me olhou nos olhos. ‘Sempre estive e sempre estarei te protegendo!’ Enxugou meu rosto com suas mãos macias como veludo. ‘Acredite, tudo que está acontecendo tem um porquê e você vai descobrir isso quando resolver esse problema’, deu um leve sorriso.
     ‘Mãe, isso não é tão simples... Não consigo mais’, minha voz falhava.
     ‘Não fale mais isso, Mariana. Você é forte e eu estou com você. Vou te ajudar, como sempre fiz. E, me escute, isso está cada vez mais perto de acabar. Confie em você e no seu amor!’, ela enfatizou a última palavra. Nesse momento, me lembrei de Peter e, não podia deixá-lo, não poderia viver sem ele, o amor da minha vida! Estava certa de que, por esse amor, teria de lutar não só por nós, mas também por todos. Por nossos filhos, bisnetos, tataranetos...
     O difícil seria me despedir dela, da minha mãe. Sentia que aquele não era nosso primeiro encontro, lembrei-me de sonhos que tive e nos quais ela sempre esteve. Não queria mais me separar dela, mas sabia que não tinha cumprido todo meu dever. Teria de voltar e... lutar!
     Como lutar? Não deixando o amor da minha vida, não deixando Peter! Por isso, voltei.” 

     Lali resistiu à corrente e nadou até ele. Não precisou se esforçar muito, já que ele estava bem próximo e ia a seu encontro. Subiu em cima de Peter e se dirigiram à margem. Não demorou muito e quando Peter encontrou o chão, os outros – que os esperavam ansiosos – correram até eles para ajudá-los.
     Manuela buscou rapidamente duas toalhas, uma para Peter e outra para Lali. Enrolaram-se nelas e sentaram-se na areia, um ao lado do outro. Deram-se as mãos e se olharam, como prometendo um ao outro que nunca mais se separariam!
     – Você está bem, minha filha? – perguntou Cielo, se aproximando dela, preocupada.
     – Sim, mãe... – abraçaram-se.– Agora estou bem! – disse, lembrando-se do encontro que teve com sua mãe.
     Após responderam a várias perguntas de como se sentiam, todos foram para a mansão. Ao chegarem lá, parecia que tudo havia mudado repentinamente. A mansão estava rodeada de belos jardins. Alunos com uniformes coloridos – diferente do que era – circulavam pelo pátio. Tudo parecia tão perfeito!
     – Não consigo entender como Jay desapareceu nem como tudo mudou por aqui... – disse Mariano, olhando desde a entrada.
     – Acontece que temos o melhor anjo da guarda de todos! – exaltou Lali, abraçada em Peter.

Peter

     “Como mágica, tudo mudou. Lali me contou sobre o encontro que teve com sua mãe verdadeira. E, por mais surreal que fosse, é óbvio que acreditei. Tudo parecia perfeito. Eu e Lali estávamos plenamente juntos e... Concluímos que esse era o motivo do fim de todo aquele sofrimento.
     Sua mãe tinha nos ajudado, mas nosso amor e nossos amigos também, por mais que fosse do seu jeito torto. Nosso dever era mostrar que existe sim amor de verdade e... somos prova disso. Por mais que tivéssemos que ultrapassar barreiras e ilusões, uma coisa nunca mudou; nosso amor!
     Agora nos amávamos de forma mais intensa, esperávamos um herdeiro. Embora fosse algo bastante novo para nós, era ainda mais lindo!
     Todo dia agradecia pela mulher que tinha. Era um anjo, pois o que mais seria sendo filha de uma anja? Logo iríamos nos casar. Estava tudo indo muito bem.
     Nossos padrinhos seriam: Euge e Nico – que estavam mais apaixonados que nunca –, Rochi e Gastón – que, com todas as mudanças que havia acontecido, perceberam que continuavam se amando com a mesma intensidade e não podiam evitar isso... estavam marcando a data do casamento –, Cande e Pablo – ele tomou um jeito e estava se tratando com um psicólogo, percebeu que não podia viver sem ela e ela sem ele –, Mery e Benja – uma prova de amor a primeira vista –, Jaime e Daniela – todos torciam por esse casal –, além de Malvina e Nicolas que fizeram questão de ser padrinhos.
     Paula e Maxi voltaram a seu tempo, assim como Hope que, finalmente descobrimos, é filha de Cielo e Mariano, ou seja, (meia-)irmã de Lali e minha cunhada.
     Agora, Mercedes estava no comando da mansão, um pouco recuperada após a perda do irmão, estava decidida a ser uma pessoa melhor. Lali, eu e os outros começamos a ensinar para os novatos, o que era bem divertido. E, a instituição mudou de nome além de deixar de ser isolada como antes, outras pessoas começaram a frequentá-la e lá foram realizadas diversas experiência por diversos pesquisadores, de todo o mundo.
     No altar que foi feito no gramado do jardim, olhei para o relógio e percebi que Lali estava atrasada. Não demorou muito após meus amigos me tranqüilizarem e Lali apareceu... Divinamente maravilhosa!”

Epílogo

     Naturalmente, o tempo passou. Novos desafios apareceram. Com muito amor, criaram todos seus sete filhos. Lali esperava o oitavo, o que estava deixando Peter nervoso, como em todas as outras gravidezes.
     Os beijos continuaram sendo tão intensos quanto o primeiro, o mesmo pode-se dizer sobre as noites de amor.
     Se completavam, juntos se sentiam plenos e não existia uma Lali sem Peter nem um Peter sem Lali... Eram simplesmente, Laliter! Para sempre!!!