O que nesse momento era incompreensível hoje é o primeiro grande acerto de sua gestão [sem nos esquecer da ajuda que teve graças ao recuo de El Trece e sua falida tira Lobo], mas no presente é difícil explicar o sucesso de uma ficção que parece ser uma paródia do gênero.
Proveniente da fábrica Estevanez (Herencia de amor, Amor en custodia, Los buscas de siempre, entre muitos mais títulos), Dulce amor no será lembrada por suas atuações notáveis nem por seus textos exemplares. Sua maior virtude reside na simplicidade e em ter tido a sorte de estrear quando o adversário estava ferido de morte.
Esta novela cai em todos os clichês do gênero: o amor entre diferentes classes sociais, enganos, infidelidades e filhos que não sabem quem são seus pais. Os eixos da historia não surpreendem mas, a seu favor, estamos diante da trama mais fácil de entender dos últimos anos.
O quarteto protagonista (Sebastián Estevanez, Juan Darthés, Carina Zampini e Calu Rivero) está longe de merecer um prêmio pela interpretação. Laura Novoa dá vida a Gabriela, uma vilã louca que por momentos parece ser uma copia de baixa qualidade de Verónica San Martín, a vilã encarnada por Leticia Brédice em El elegido. Em momentos de suposta seriedade fazem rir e quando tem que se emocionar são pouco credíveis. Jorge Sassi, María Valenzuela e Georgina Barbarossa são as exceções de um elenco que não brilha.
Mais além das deficiências, Dulce amor é um sucesso. Todas as noites apresenta uma batalha mais que digna a ShowMatch, e sobre o final sempre o supera. Conseguiu se instalar e se fazer de um público fiel que a prefere antes que a criação de Marcelo Tinelli de turno e a novela de Pol-ka que tenha de frente.
Fonte: Todos Con Telefe
Nenhum comentário:
Postar um comentário