Super Back – 16º Capítulo “Outro dia”
- Alô? - indaguei, ao celular.
- Cande... - disse Pablo, aparentemente nervoso, via cell.
- O que você quer? - indaguei, sendo fria.
- Cande, não desliga... - exaltou ele. - Eu preciso explicar... - o interrompi.
Respirei fundo e me virei, ficando de costas para Lali., que também falava ao telefone, do outro lado da sala.
- Não precisa perder seu tempo comigo, Pablo Martinez! - exaltei.
Resolvi despachar tudo que estava sentindo naquele momento. Uma mistura de sentimentos diferente e fortes me corroiam por dentro. Agora chegou a vez de eu ser eu mesma, não quero mais sofrer calada... Vou enfrentar o monstro de uma vez por todas.
- Olha, Pablo, espero que você me escute de uma vez por todas, para esclarecermos tudo logo! - exaltei, enquanto percebi um grande silêncio do outro lado da linha. - Eu pensei que você era diferente, e confesso que eu estava disposta á ir por algo á mais com você... Mas, você me decepcionou. - ele tentou falar, mas eu não deixei e continuei falando. - Eu te amava, mas vou fazer de tudo pra te esquecer! - exaltei.
Um misterioso silêncio tomou conta do momento e antes que eu desligasse, Pablo o quebrou.
- Você não me ama mais? - indagou ele, com uma voz meio triste.
Fiquei nervosa. O que diria? A verdade é que sempre o amei e não consigo deixar de amá-lo, mas não posso dar esse gostinho á ele.
- Ah, Pablo, me poupe... Isso não vem ao caso e de qualquer forma, seguimos sendo apenas colegas de trabalho, já que não adiantaria de nada dizer que nunca mais nos veríamos... - eu dizia, rapidamente. - Colegas de trabalho e nada mais! - exaltei, desligando o celular.
Desliguei o celular e o joguei no sofá. Depois que percebi que tudo tinha acabado, inclusive as chances de eu estar com Pablo, já que por suposto ele não vai mais querer falar comigo, me sentei no sofá e me coloquei á chorar, aos prantos. Fiquei com a mão no rosto, tentanto enxugar as lágrimas que não paravam de cair dos meus olhos.
Alguns minutos depois, Lali veio até mim.
- Quanta cara-de-pau. - disse ela, enquanto sentava ao meu lado.
Ela colocou a mão no meu ombro e não encontrou palavras para me consolar, então ficou calada, apenas passando a mão no meu ombro. Respirei fundo e olhei para o relógio da parede.
- É melhor você dormir aqui... Está tarde! - eu disse, enquanto levantava minha cabeça e abraçava parcialmente Lali.
Ela olhou pra mim e deu um sorriso desanimado. Em seguida, fomos tomar algo - tomamos um suco no máximo, já que não nos descia nada. Eu a emprestei uma camisola minha e ajeitei a minha bicama, já que o quarto de hóspedes não estava muito limpo, dormimos no mesmo quarto, assim como compartilhamos nossa insônia que tinha praticamente o mesmo motivo. Pares de vezes vi Lali acordar, sem sono - poucas palavras trocávamos, aliás não haviam palavras, e eram desnecessárias para o que estávamos passando. Mas, era hora de dormir, afinal, amanhã é outro dia!
CONTINUA...
Nenhum comentário:
Postar um comentário