Ela só poderia saber a quem eu amava.
- Como? - Perguntei, fingindo não compreendê-la, afinal, não queria dar bandeira.
Ela sorriu pra mim, e se aproximou de mim, colocando sua mão no meu ombro.
- Pode deixar que eu organizo tudinho... - Exaltou, sorrindo pra mim.
Depois disso, fiquei curioso, mas confesso que estava mais cansado ainda. Fui descansar, mas antes desocupei o quarto de "hóspedes", que tinha virado quarto de jogos. É a vida, afinal, eu morava sozinho... agora, teria de me acostumar á morar com minha filha! Contudo, continuei pensando no que faria a partir de agora.
No dia seguinte, Paz me acordou. Mais uma vez, fiquei surpreso. Ela entrou no meu quarto, sem bater na porta e, começou a me cutucar e, então acordei.
- Bom dia, papai! - Exaltou ela, o que me saiu bem raro, como sempre.
Eu estava com muito sono, a viagem do dia anterior havia sido desgastante e, não sei como ela conseguia estar com aquela energia toda. Ah, me esqueci, ela é do futuro!
- Não está achando que ainda é muito cedo, não?! - Eu disse, me cobrindo com o hedredon.
Ela agiu rápido, puxou o cobertor de cima de mim e, exaltou, séria...:
- Olha aqui... eu vim do futuro pra te ajudar á salvar o mundo e me salvar... e você fica aí, dormindo?! O que você está pensando, hein? Quer que minha mãe morra de novo? Bom, eu não quero e, vim para impedir que isso aconteça com ela. Mas, quem deve protegê-la é você... pois, juntos, vocês me protegerão! E, se você continuar dormindo aí, pra mim ficará claro que você não quer saber de mim, nem da minha mãe... Então, vou embora! - Ela virou-se e, sem me deixar agir, saiu do quarto, batendo a porta com força.
Agora, a ficha caia. Mesmo não tendo ideia de quem seria a mãe da minha filha, por que tudo aquilo acontecia... Eu não podia continuar parado!
Me vesti e, quando sai do quarto, avistei Paz chorando na sala.
É agora, tenho que agir!
CONTINUA...
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