Nesse momento, percebi que ela era a chave de todas minhas dúvidas, mistérios... E, de agora por diante, não ia lhe faltar em nada. Ela é minha filha e, vou cuidar dela!
Então, já que eu estava meio que desinformado no assunto, a perguntei o que estava se passando.
- O que está acontecendo? - Eu perguntei.
Ela pegou minha mão, foi para um lado da cama, deixando espaço para eu me sentar ao seu lado e, me disse:
- Eu sei que você não deve estar entendendo muito bem tudo que está acontecendo... Bom, o Tic-Tac... - Eu a interrompi.
- Tic-Tac?! Ele apareceu pra mim, antes de você acordar! - Eu disse, surpreso por ela o conhecer.
Então, ela fez uma cara triste e de suspresa, ao me ouvir e, disse:
- Ah! Que pena... Por que ele não me esperou?! Queria vê-lo de novo!
Eu achei estranho, aliás, quem era ele?
Eu olhei pra ela, com cara de que: "Agora é que não estou entendendo mesmo!". Ela percebeu.
- Perdão... Vou lhe explicar! - Ela deu um suspiro profundo. - Bom, me enviaram pra cá... Não sei direito por quê, mas acho que pra mim conhecer minha mãe!
Quando ela disse a palavra "mãe", passei á me perguntar ainda mais: Quem é a mãe da minha filha? Será minha namorada? Confesso que acho muito improvável, estou namorando-a, mas não a amo.
- Quem é sua mãe? E, como você não a conhece...? - Eu perguntei, curioso.
Ela abaixou a cabeça, triste. Nesse momento, imaginei o pior, principalmente devido á sua expressão.
- Ela morreu quando eu tinha menos de 1 ano... Por isso nem me lembro dela... - Disse ela, triste, porém se segurou e não chorou, percebi que fazia muito esforço para não chorar. - Eu vou nascer no próximo ano e, ela vai morrer ainda ano que vem. Mas, eu espero conseguir salvá-la! - Ela disse, esperançosa.
Eu, mesmo não sabendo quem era essa mulher, a mãe da minha filha, fiquei comovido e, preocupado.
- Mas... por que ela morreu? E, você pode me dizer ao menos o nome dela...? - Eu perguntei, apreensivo.
Ela me respondeu:
- Ela morreu porque você não cumpriu o prometido e, não, não posso lhe dizer quem ela é. Não me deixam! E, eu vim pra ajudá-lo á cumprir sua missão! Mas, peço que não me faça perguntas... há coisas que devem ser ditas na hora certa!
E agora, eu me perguntava: Quem é essa mulher? Em que fracassei? O que devo fazer, agora?
- Só uma dica: ela é a única mulher que você amou de verdade! Pena que quando percebeu isso, já era tarde. - Murmurou ela, sem a intenção que eu a escutasse, mas eu ouvi, contudo resolvi não comentar sobre o assunto.
No momento, eu estava confuso em relação ao meu coração. Estava namorando alguém que não amo. Mas, há uma pessoa que nunca esqueci, e a amo até hoje, entretando ela está cumprimissada, e pode ser que tenha me esquecido. Eu queria esquecê-la, ela estava com outro e, sempre me jogava na cara, foi principalmente por isso que comecei á namorar a Paula.
Paz, segurando minha mão, me deu um conselho:
- Papai... - Me saiu muito raro ouví-la me chamar assim. - Só te peço que, escolha a pessoa certa! Pois, em outras linhas temporais você não escolheu a pessoa certa e, isso não pode acontecer. Eu tenho que nascer! - Ela exaltou, percebi que estava realmente preocupada com isso.
Eu me emocionei e a abracei - Ela também se emocionou no momento. Foi como um reencontro, mesmo sem saber.
- Velho, acho melhor resolvermos logo tudo isso! - Ela me disse, após nos abraçarmos.
Estranhei quando ela se referiu á mim como "velho", afinal eu não estava tão velho assim.
- Velho? - Eu, meio que, perguntei.
Ela sorriu pra mim, pela pergunta que fiz.
- É... é como nos tratamos. Você vai se acostumar!
Nos abraçamos, novamente.
CONTINUA...
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